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quarta-feira, 6 de abril de 2011

PC Gusmão pede reforços na chegada ao Atlético-GO

Com a sala de imprensa lotada e meia hora de atraso, o novo técnico do Atlético-GO, Paulo César Gusmão, foi apresentado oficialmente nesta terça-feira. O assédio da imprensa foi grande, e PC, que já demonstrou um temperamento explosivo por alguns clubes que dirigiu, respondeu tranquila e educadamente todos os questionamentos.

Indagado sobre o que mudou do PC que treinou o Dragão no vice-campeonato goiano de 2009 para o PC de hoje, o treinador, de 48 anos, não teve dúvida ao responder: "Estou mais velho e mais gordo", brincou. Mas fez questão de completar, salientando que está mais experiente e com uma "forma de condução diferente", mais sóbria, porém sem deixar de ser vibrante e enérgico como quer a diretoria atleticana. PC se mostrou animado e ansioso para colocar a mão na massa. Ele quer reforços para o Brasileirão e vem com o objetivo de, no Campeonato Goiano, reconstruir o fim que o Atlético teve em 2009, levando o clube, desta vez, ao título. PC discorreu sobre alguns temas importantes em sua apresentação. Confira trechos da entrevista.

PC Gusmão é apresentado como técnico do Atlético-GO (Foto: Divulgação / Site Oficial)


"Notei uma evolução no Atlético, que está pensando como o futebol exige, em crescimento, principalmente na sua estrutura. Isso dá um ânimo, uma felicidade muito grande, uma vontade de começar a trabalhar para que a gente possa voltar a vencer. Fazer com que todo este sentimento ruim de instabilidade possa se afastar o mais rápido possível".

Escolha

"Não tenho vaidade quanto a sair de um time grande para um mediano. O Atlético é um clube de elite e dá ótimas condições de trabalho. Tive outras propostas de Atlético (PR), Sport, Bahia, Ceará, mas eu e minha família optamos pelo Atlético por tudo aquilo que o clube pode nos oferecer para realizar um grande trabalho".

Tempo

"Optei por dar um tempo depois da minha saída do Vasco (dia 28 de janeiro, durante o Campeonato Carioca). Tempo para estar na minha casa, com a minha família e, aí sim, em um momento em que estivesse melhor, escolher a melhor opção. E o Atlético é essa opção pelas pessoas que já conheço e pela forma como o clube conduz o futebol profissional".

Volta por cima

"Todo resultado negativo traz consequências negativas, mas nada que trabalho, ânimo e vitória não possam reverter. Futebol é assim. Quando se está ganhando, tudo são flores. Quando se está perdendo, tudo é vergonha, crítica, mas temos de aprender a superar isso.

Motivação

"Conhecer parte do grupo ajuda na hora de trazer os jogadores para perto, tirar deles o melhor em função do grupo. Mostrar que só o grupo pode reverter uma situação ruim. Eles fizeram isso no ano passado. Esse grupo está acostumado a grandes desafios e isso me motivou bastante a retornar".

Sem mágoas

"Em 2009, saí chateado em função de não poder dar o título ao Atlético. Quanto à minha saída, faz parte do mundo do futebol. Quando não se ganha, a troca de treinadores é normal".

Derrota

"Não costumo analisar por um jogo, até porque o Atlético estava muito mexido e, a Anapolina, muito aguerrida. Observei alguns jogadores sem ritmo de jogo. A gente vai procurar, o mais rápido possível, implantar a nossa metodologia, trabalhar da forma como a gente quer que a equipe atue para poder reverter a situação".

Concorrentes

"Vi a Anapolina muito bem armada. Ela vem fazendo um campeonato muito equilibrado, qualificado, com jogadores experientes. O Vila Nova tem jogadores de qualidade, e o Goiás fazendo uma reformulação geral com uma garotada de qualidade. As forças estão equilibradas. Não vejo nenhum tipo de favoritismo. Quando fechar entre os quatro, na semifinal, é um outro campeonato e tudo se iguala.

Preparação física

"Cada um tem uma metodologia de trabalho. Sempre que há troca de comissão técnica, o trabalho é colocado em dúvida".

Reforços

"É necessário qualificar o grupo. O bicampeonato goiano é muito importante para o Atlético, mas a Série A é mais. Não podemos nos enganar com o desempenho no Campeonato Goiano, pois o Brasileiro exigirá muito mais. Sabemos das dificuldades do Atlético, vamos conversar, avaliar o grupo, ver as posições carentes, o que é necessário fazer e buscar no mercado atletas para qualificar o elenco".

Crise

"Não há crise. A instabilidade é normal dentro de qualquer campeonato. Mas nada resiste ao trabalho. Temos de conhecer o grupo rapidamente. Para isso, faremos trabalhos em dois períodos nos próximos 15 dias para ficarmos prontos para a semifinal. É sempre bom ter um conjunto definido, entrosar o time mais rápido".

Preparador assume com nova meta

Um dos motivos do descontentamento da diretoria atleticana que levou à demissão de René Simões foi a preparação física, considerada aquém do esperado para o atual estágio do Goianão. Além da chegada de PC Gusmão, outra contratação é tida como reforço para o clube: o preparador físico e fisioterapeuta Jorge Soter.

Aos 48 anos, o carioca Soter começou a carreira em 1984, no América (RJ) e trabalha ao lado de PC Gusmão desde 2004, no Cabofriense-RJ.

- Considero o Jorge o melhor preparador físico do Brasil. Time emergente tem de correr mais que os outros, e o Soter vai nos dar essa condição", garantiu o diretor de futebol, Adson Batista.

Soter ainda não teve o tempo hábil para avaliar e traçar planejamento para a sequência da temporada, mas já diagnosticou algumas situações desfavoráveis.

- O Atlético passou por um problema grave ao disputar a Copa do Brasil junto com o Campeonato Goiano. Os clubes não têm tempo de fazer uma pré-temporada. O Atlético fez muitos jogos durante a semana, não teve tempo para treinar e isso prejudica bastante - frisou.


Fonte: www.globoesporte.com

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